quarta-feira, 5 de agosto de 2009

REVISÃO - Análise Sintática

CONCEITUAÇÃO

A gramática da língua portuguesa pode ser dividida em três partes: fonética, morfologia e sintaxe. Já estudamos a fonética e a morfologia; vamos começar agora a estudar a sintaxe.

Você sabe que, para transmitir ideias, as palavras se organizam e se relacionam de acordo com algumas regras. Veja o exemplo: Filme um ver de fui eu terror.

Essa sequência de palavras não faz sentido, pois não obedece a alguns princípios básicos de organização. A organização a seguir faz sentido: Eu fui ver um filme de terror.

Sintaxe é a parte da gramática que se ocupa das combinações e das relações das palavras na frase.

Interessa também à sintaxe a função que as palavras exercem na frase: a função sintática. Essa função vai ser identificada pela análise sintática, assunto de nossas próximas lições.

Para entender bem a análise sintática, vamos considerar primeiro três conceitos importantes: frase, oração e período.

Frase é uma palavra ou um conjunto de palavras que tem sentido completo.

Oração é uma palavra ou um conjunto de palavras que se organizam em torno de um verbo ou de uma locução verbal, podendo constituir-se numa frase ou fazer parte dela.

Período é a frase formada por uma ou mais orações. Termina em ponto final, ponto-e-vírgula, ponto de exclamação, ponto de interrogação ou reticências.


SUJEITO

É o elemento da oração a respeito do qual damos alguma informação.

Sujeito simples: é aquele que apresenta apenas um núcleo
Ex: As casas da vila foram reformadas.

Sujeito composto: é aquele que apresenta mais de um núcleo.
Ex: Machado de Assis e José de Alencar viveram no século XIX.

Sujeito indeterminado: ocorre quando a informação dada pelo predicado refere-se a um elemento que não se pode (ou não se quer) identificar.
Há duas maneiras de se indeterminar o sujeito:

- com o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a nenhum sujeito expresso.
Ex: Mataram o meu carneiro.

- com o verbo na terceira pessoa do singular acompanhado do índice de indeterminação do sujeito se.
Ex: Acredita-se em marcianos.

Sujeito elíptico ou desinencial: o sujeito não aparece escrito na frase, ficando subentendido na desinência do verbo.
Ex: Viajamos ontem a Manaus.
Falei com você ontem à tarde.

Oração sem sujeito: ocorre quando a informação dada pelo predicado não se refere a nenhum sujeito, ou seja, quando temos verbo impessoal.
Os verbos impessoais são:

- os que indicam fenômenos da natureza (chover, ventar, anoitecer, relampejar, trovejar, nevar, etc.).
Ex: Anoiteceu rapidamente.
Nevou muito na Inglaterra.
Se o verbo que exprime fenômeno natural for empregado em sentido figurado, então haverá sujeito.
Ex: Choveram reclamações contra aquela empresa.

- ser e estar indicando tempo ou clima.
Ex: Agora é tarde.

- fazer e haver indicando tempo transcorrido.
Ex: Faz dois anos que ele viajou.

- haver no sentido de existir, ocorrer.
Ex: Havia pelo menos cinco pessoas na sala.

Obs: o verbo existir não é impessoal. Logo, possui sujeito expresso na oração, concordando normalmente com ele.
Ex: Existiam quatro pessoas interessadas na vaga.


PREDICADO

É a informação que é dada a respeito do sujeito.

No predicado verbal, a informação está centrada num verbo (transitivo ou intransitivo), que é o núcleo do predicado.
Ex: Os dois garotos brincam na praia.

No predicado nominal, a informação está centrada num nome (o predicativo do sujeito), que é o núcleo do predicado. Nesse caso, o verbo é sempre de ligação.
Ex: Paulinho parece importante.

No predicado verbo-nominal, a informação está centrada em dois elementos: um verbo significativo (transitivo ou intransitivo), que funciona como núcleo do predicado, e um nome (predicativo do sujeito ou do objeto), também núcleo do predicado.
Ex: O garoto exibe o retrato orgulhoso.

Verbos de ligação: são verbos praticamente vazios de conteúdo significativo que funcionam como elemento de ligação entre o sujeito e um atributo dele (predicativo do sujeito).
Os principais verbos de ligação: ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, andar, tornar-se, viver.

Predicativo do sujeito: é o termo da oração que funciona como núcleo nominal do predicado. Sua função é atribuir uma característica ao sujeito, sempre por meio de um verbo (de ligação ou não).
Ex: Jorginho pula vitorioso.

Predicativo do objeto: é o termo da oração que funciona como núcleo nominal do predicado e tem a função de atribuir uma característica ao objeto.
Ex: Paulinho considera o amigo superior.

Verbos intransitivos: são aqueles capazes de, sozinhos, formar um predicado, não necessitando, por isso, de complemento.
Ex: O menino dormiu.
O menino dormiu cedo.

Verbos transitivos: são aqueles que, sozinhos, não são capazes de formar o predicado, exigindo, por isso, um complemento.
Ex: O menino ofereceu flores à professora.

Objeto direto: é o elemento da oração que completa o sentido de um verbo transitivo direto.
Ex: Gabriela comprou morangos.

Objeto indireto: é o elemento da oração que completa o sentido de um verbo transitivo indireto.
Ex: Gabriela gosta de morangos.

4 comentários:

  1. Profa. Roseli!
    Parabéns pela iniciativa!
    O trabalho que você desenvolve é muito bom e tem que ser aberto para o mundo!
    Leny

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  2. ola preciso de ajuda em algumas perguntas voces poderiam me ajudar?

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