segunda-feira, 30 de novembro de 2009

1. Substantivo

Substantivo é tudo o que nomeia as "coisas" em geral.

Classificação e Formação

Substantivo Comum

Substantivo comum é aquele que designa os seres de uma espécie de forma genérica. Por exemplo: pedra, computador, cachorro, homem, caderno.

Substantivo Próprio

Substantivo próprio é aquele que designa um ser específico, determinado, individualizando-o. Por exemplo: Maxi, Londrina, Dílson, Ester. O substantivo próprio sempre deve ser escrito com letra maiúscula.

Substantivo Concreto

Substantivo concreto é aquele que designa seres que existem por si só ou apresentam-se em nossa imaginação como se existissem por si. Por exemplo: ar, som, Deus, computador, Ester.

Substantivo Abstrato

Substantivo abstrato é aquele que designa prática de ações verbais, existência de qualidades ou sentimentos humanos. Por exemplo: saída (prática de sair), beleza (existência do belo), saudade.

Formação dos substantivos

Os substantivos, quanto à sua formação, podem ser:

Substantivo Primitivo

É primitivo o substantivo que não se origina de outra palavra existente na língua portuguesa. Por exemplo: pedra, jornal, gato, homem.

Substantivo Derivado

É derivado o substantivo que provém de outra palavra da língua portuguesa. Por exemplo: pedreiro, jornalista, gatarrão, homúnculo.

Substantivo Simples

É simples o substantivo formado por um único radical. Por exemplo: pedra, pedreiro, jornal, jornalista.

Substantivo Composto

É composto o substantivo formado por dois ou mais radicais. Por exemplo: pedra-sabão, homem-rã, passatempo.

Substantivo Coletivo

É coletivo o substantivo no singular que indica diversos elementos de uma mesma espécie.

2. Adjetivo

Adjetivo é uma palavra que caracteriza um substantivo atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser. Flexionam-se em gênero, número e grau.

Exemplos:

  • borboletas azuis
  • céu cinza
  • sandálias sujas

CLASSIFICAÇÃO

Quanto à semântica

A classificação semântica dos adjetivos pode variar de acordo com o tipo de característica que exprimem. Alguns exemplos:

  • Cor: verde, amarelo, azul, branco, etc.
  • Forma: quadrado, redondo, triangular, etc.
  • Temperatura: quente, frio, morno, gelado, etc.
  • Intensidade: forte, fraco, moderado, etc.
  • Proporção: grande, médio, pequeno, nanico, enorme, etc.
  • Qualidade: bom, bonito, amável, agradável, etc.
  • Defeito: mau, ruim, feio, horrível, etc.
  • Adjetivos gentílicos: brasileiro, português, paulista, carioca, lisboeta, etc.

Quanto à formação

Com relação à formação das palavras, os adjetivos podem ser classificados em:

  • Primitivo: Não provém de outra palavra, e serve de base para a formação de outras palavras, em geral, substantivos abstratos. Exemplos: Triste é primitivo de tristeza; Negro é primitivo de negritude.
  • Derivado: Apresenta afixos e provém de outra palavra. Exemplos: Integral é derivado de íntegro (íntegro + sufixo -al); Amansado é derivado de manso(prefixo a- + manso + sufixo -ado).
  • Simples: É constituído de um só elemento: surdo, mudo, etc.
  • Composto: É aquele que é constituído de mais de um elemento: Plantão médico-cirúrgico, Uniforme alviverde(alvi + verde).
  • Pátrio:É aquele que mostra a origem a nacionalidade do ser : Menino iraquiano(do país Iraque), Gaivota africana(do país África).

Flexão de adjetivos

Os adjetivos podem sofrer três tipos de flexão: por gênero, por número e por grau.

Flexão de Gênero

Os adjetivos podem ser divididos em dois grupos em relação ao gênero.

  • Adjetivos uniformes: Apresentam uma única forma para os dois gêneros (masculino e feminino). Exemplos: empregado competente (masculino)/empregada competente (feminino)
  • Adjetivos biformes: Apresentam duas formas para os dois gêneros (masculino e feminino). Exemplo: o homem burguês (masculino)/a mulher burguesa (feminino)

Em geral, para formar o feminino, os adjetivos levam a vogal -a no final do adjetivo e para formar o masculino eles levam a vogal -o no final do adjetivo. Exemplo:

  • criativo (masculino)/criativa (feminino). Entretanto, pode haver exceções, como no caso dos masculinos terminados em -eu, que podem fazer o feminino em -eia (europeu, européia) ou em -ia (judeu, judia).

Flexão de Número

O adjetivo flexiona-se no plural de acordo com as regras existentes para o substantivo.

  • Nos adjetivos compostos, como regra geral, só o último elemento vai para o plural. Exemplo: poemas herói-comicos

Há exceção para o adjetivo surdo-mudo, que faz o plural surdos-mudos.

  • Não há variação de número nem de gênero para os seguintes casos:
    • adjetivos compostos com nome de cor + substantivo: olhos verde-mar
    • adjetivo azul-marinho: calças azul-marinho
    • locuções adjetivas formadas pela expressão cor + de + substantivo: chapéus cor-de-rosa
    • os substantivos empregados em função adjetivas quando está implicita a idéia de cor: sapatos cinza

Regras para flexão de número para adjetivos compostos

  • Nos adjetivos compostos, só o último elemento vai para o plural

Exemplos:

  • lente côncavo-convexas
  • Nos adjetivos cores, eles ficam invariáveis quando o último elemento for um substantivo

Exemplos:

  • papel azul-turquesa/papéis azul-turquesa;
  • olho verde-lagoa/verde-água olhos verde-mar

Flexão de Grau

A única flexão de grau propriamente dita dos adjetivos é entre o grau normal e o grau superlativo absoluto. Exemplos: atual - atualíssimo, negro - nigérrimo, fácil - facílimo. Algumas palavras ainda admitem o grau comparativo de superioridade. Exemplos: grande - maior, bom - melhor.

Nos demais casos, o grau é indicado não por flexões, mas por advérbios. São distintos os seguintes graus:

  • Comparativo de igualdade: Usa-se para expressar que um ser tem um grau de igualdade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: tanto...quanto, ...assim como..., tão...quanto, ...do mesmo jeito que..., e outras variações. Por exemplo: "Fulano é tão alegre quanto sicrano".
  • Comparativo de superioridade: Usa-se para expressar que um ser têm um grau de superioridade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: mais...que ou mais...do que. Exemplo: "José é mais alegre que Pedro".
  • Comparativo de inferioridade: Usa-se para expressar que um ser têm um grau de inferioridade a outro ser. Pode ser determinado pelas locuções: menos...que ou menos...do que. Exemplo: "José é menos alegre que Pedro".
  • Superlativo absoluto (analítico): Exprime um aumento de intensidade sobre o substantivo determinado pelo adjetivo, sem compará-lo com outros da mesma espécie. Exemplo: "José é muito alto".
  • Superlativo absoluto (sintético): É expresso com a participação de sufixos. O mais comum é –íssimo. Exemplo: “Trata-se de um artista originalíssimo”, “Seremos tolerantíssimos”.
  • Superlativo relativo de superioridade: Exprime uma vantagem de um ser entre os demais da mesma espécie. Exemplo: "José é o mais alto de todos".
  • Superlativo relativo de inferioridade: Exprime uma desvantagem de um ser entre os demais da mesma espécie. Exemplo: "José é o menos alto de todos".

Locução adjetiva

Na foto, uma mãe e seu filho. A mãe possui um amor de mãe ou materno por seu filho. O adjetivo de mãe é locução adjetiva, pois são duas palavras que possuem o valor de um adjetivo

Locução adjetiva é a reunião de duas ou mais palavras com função de adjetivo. Elas são usualmente formadas por:

  • uma preposição e um advérbio
  • uma preposição e um substantivo

Exemplos:

  • Conselho de mãe = Conselho maternal
  • Dor de estômago = Dor estomacal
  • Período da tarde = Período vespertino

3. Artigo

Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-los, indicando, ao mesmo tempo, gênero e número. Dividem-se os artigos em: definidos: o, a, os, as e indefinidos: um, uma, uns, umas. Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular:
• Viajei com o médico.
Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, geral:
• Viajei com um médico.

4. NUMERAL

NUMERAL

Numeral é uma palavra variável que indica a quantidade exata de seres ou a posição que o ser ocupa.

Tipos de numerais

Os numerais podem ser classificados como cardinal, coletivo, ordinal, multiplicativo , fracionário, partitivo ou romanos.

Numerais cardinais

Os numerais cardinais são aqueles que utilizam os números naturais para a contagem de objetos, ou até designam a abstração das quantidades: os números em si mesmos. Valem por adjetivos ou substantivos.

Os numerais cardinais primeiro, segundo (e todos os números terminados por estas unidades), assim como as centenas contadas a partir de duzentos, são variáveis em gênero. Os numerais que indicam milhões, bilhões etc. são invariáveis em gênero.

  • Exemplo: Dois mais dois e igual a peixe

Numerais coletivos

Os numerais coletivos são aquelas palavras que designam uma quantidade específica de um conjunto de seres ou objetos. São termos variáveis em número e invariáveis em gênero.

  • Exemplos: dúzia(s), milheiro(s), milhar(es), dezena(s), centena(s), par(es), década(s), grosa(s).

Numerais fracionários: Que indica fração

Numerais multiplicativos

Os numerais multiplicativos são aqueles que indicam uma quantidade equivalente a uma multiplicação (uma duplicação, uma triplicação etc.).

  • Exemplos: Às vezes, as palavras possuem duplo sentido. Arrecadou-se o triplo dos impostos relativos ao ano passado.

Numerais ordinais

Os numerais ordinais são aqueles que indicam a ordenação ou a sucessão numérica de seres e objetos.

  • Exemplo: Recebeu o seu primeiro presente agora mesmo.
  • Exemplo: yasmin está completando seu "primeiro" aniversário.

Numerais partitivos

Os numerais partitivos são aqueles que passam idéia de partir, não deve se confundir com fracionários, exemplos de partitivos: meio,' ea

Numerais romanos

Os numerais romanos é usado para marcar o século muitas vezes em relógios e outros, são 7 símbolos que representam os números romanos: I (1),V (5),X (10),L(50), C (100),D (500),M(1000).


5. Pronome

É a palavra que substitui ou acompanha um substantivo.



PRONOMES PESSOAIS são termos que substituem ou acompanham o substantivo. Servem pararepresentar os nomes dos seres e determinar as pessoas do discurso, que são:

1ª pessoa…………a que fala
2ª pessoa…………com quem se fala
3ª pessoa…………de quem se fala

Eu aprecio tua dedicação aos estudos. Será que ela aprecia também?

Os pronomes pessoais classificam-se em retos e oblíquos:

São pronomes retos, quando atuam como sujeito da oração.

Singular

Plural

Exemplo

1ª pessoa

eu

nós

Eu estudo todos os dias.

2ª pessoa

tu

vós

Tu também tens estudado?

3ª pessoa

ele/ela

eles/elas

Será que ela estuda também?

São pronomes oblíquos, quando atuam como complemento (objeto direto ou indireto).

Quanto à acentuação, classificam-se em oblíquos átonos (acompanham formas verbais) e oblíquos tônicos ( acompanhados de preposição):

Pronomes oblíquos átonos: me, te, o, a, lhe, se, nos, vos, os, as, lhes.

Desejo-te boa sorte…
Faça-me o favor…

Em verbos terminados em -r, -s ou -z, elimina-se a terminação e os pronomes o(s), a(s) se tornam lo(s), la(s).Em verbos terminados em -am, -em, -ão e -õe os pronomes se tornam no(s), na(s).

Pronomes oblíquos tônicos: mim, ti, ele, ela, si, nós, vós, eles, elas.
A mim pouco importa o que dizem…

Os pronomes de tratamento tem a função de pronome pessoal e serve para designar as pessoas do discurso.

PRONOMES POSSESSIVOS – Indicam posse. Estabelece relação da pessoa do discurso com algo que lhe pertence.

Singular

Plural

1ª pessoa

meu(s), minha(s)

nosso(s), nossa(s)

2ª pessoa

teu(s), tua(s)

vosso(s), vossa(s)

3ª pessoa

seu(s), sua(s)

dele(s), dela(s)

PRONOMES DEMONSTRATIVOS – Indicam a posição de um ser ou objeto em relação às pessoas do discurso.
1ª pessoa este(s), esta(s), isto……………..se refere a algo que está perto da pessoa que fala.
2ª pessoa esse(s), essa(s), isso…………….se refere a algo que esta perto da pessoa que ouve.
3ª pessoa aquele(s), aquela(s), aquilo…se refere a algo distante de ambos.

Estes livros e essas apostilas devem ser guardadas naquela estante.
Estes – perto de quem fala
essas – perto de quem ouve
naquela – distante de ambos

PRONOMES INDEFINIDOS – São imprecisos, vagos. Se referem à 3ª pessoa do discurso.

Podem ser variáveis (se flexionando em gênero e número) ou invariáveis.
São formas variáveis: algum(s), alguma(s), nenhum(s),nenhuma(s), todo(s), toda(s), muito(s), muita(s), pouco(s), pouca(s), tanto(s), tanta(s), certo(s), certa(s), vário(s), vária(s), outro(s), outra(s), certo(s), certa(s), quanto(s), quanta(s), tal, tais, qual, quais, qualquer, quaisquer…

São formas invariáveis: quem, alguém, ninguém, outrem, cada, algo, tudo, nada..

Algumas pessoas estudam diariamente. Ninguém estuda diariamente.

PRONOMES INTERROGATIVOS – São empregados para formular perguntas diretas ou indiretas. Podem ser variáveis ou invariáveis.

Variáveis: qual, quais, quanto(s), quanta(s).
Invariáveis: que, onde, quem…

Quantos de vocês estudam diariamente? Quem de vocês estuda diariamente?

PRONOMES RELATIVOS – São os que relacionam uma oração a um substantivo que representa. Também se classificam em variáveis e invariáveis.

Variáveis: o(a) qual, os(as) quais, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s).
Invariáveis:que, quem, onde.

Conseguiu o emprego que tanto queria.

6. Advérbio

ADVÉRBIO

É uma palavra que modifica (que se refere) a um verbo, a um adjetivo, a um outro advérbio.

A maioria dos advérbios modifica o verbo, ao qual acrescenta uma circunstância. Só os de intensidade é que podem também modificar adjetivos e advérbios.

  • Mora muito longe. (muito = modifica o advérbio longe).
  • Sairei cedo para alcançar os excursionistas (cedo = modifica o verbo sairei).
  • Eram exercícios bem difíceis (bem = modifica o adjetivo difíceis).

Classificação Dos Advérbios

1º) De Afirmação: sim, certamente, deveras, realmente, incontestavelmente, efetivamente.
2º) De Dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, provavelmente, decerto, certo.
3º) De Intensidade: muito, mui, pouco, assaz, bastante, mais, menos, tão, demasiado, meio, todo, completamente, profundamente, demasiadamente, excessivamente, demais, nada, ligeiramente, levemente, quão, quanto, bem, mas, quase, apenas, como.
4º) De Lugar: abaixo, acima, acolá, cá, lá, aqui, ali, aí, além, algures, aquém, alhures, nenhures, atrás, fora, afora, dentro, longe, adiante, diante, onde, avante, através, defronte, aonde, donde, detrás.
5º) De Modo: bem, mal, assim, depressa, devagar, como, adrede, debalde, melhor, pior, aliás, calmamente, livremente, propositadamente, selvagemente, e quase todos os advérbios terminados em "mente".
6º) De Negação: não, absolutamente.
7º) De Tempo: agora, hoje, amanhã, depois, ontem, anteontem, já, sempre, amiúde, nunca, jamais, ainda, logo, antes, cedo, tarde, ora, afinal, outrora, então, breve, aqui, nisto, aí, entrementes, brevemente, imediatamente, raramente, finalmente, comumente, presentemente, etc.

Há ainda advérbios interrogativos: onde? aonde? quando? como? por quê?: Onde estão eles? Quando sairão? Como viajaram? Por que não telefonaram?

7. Verbo

VERBO

Verbo é o nome dado à classe gramatical que designa uma ocorrência ou situação. É uma das duas classes gramaticais nucleares do idioma, sendo a outra o substantivo. É o verbo que determina o tipo do predicado, que pode ser predicado verbal, nominal ou verbo-nominal. O verbo pode designar ação, estado ou fenômeno da natureza.

Classificação
Os verbos admitem vários tipos de classificação, que englobam aspectos tanto semânticos quanto morfológicos. Podem ser divididos da seguinte forma:


Quanto à semântica


• Verbos transitivos: Designam ações voluntárias, causadas por um ou mais indivíduos, e que afetam outro(s) indivíduo(s) ou alguma coisa, exigindo um ou mais objetos na ação. Podem ser transitivos diretos que não possuem sentido completo,logo ele necessita de um complemento,sendo este complemento chamado de objeto direto.E verbo transitivo indireto-Que também não possue sentido completo e necessita de um objeto indireto,que necessariamente exigem uma preposição antes do objeto. Exemplos: dar,comer, fazer, vender, escrever, amar etc.
• Verbos intransitivos: Designam ações que não afetam outros indivíduos. Exemplos: andar, existir, nadar, voar etc.
• Verbos impessoais: São verbos que designam ações involuntárias. Geralmente (mas nem sempre) designam fenômenos da natureza e, portanto, não têm sujeito nem objeto na oração. Exemplos: chover, anoitecer, nevar, haver (no sentido de existência) etc. Todo verbo impessoal é também intransitivo.
• Verbos de ligação: São os verbos que não designam ações; apenas servem para ligar o sujeito ao predicativo. Exemplos: ser, estar, parecer, permanecer, continuar, andar, tornar-se, ficar, viver, virar etc.

Quanto à conjugação

• Verbos da primeira conjugação: São os verbos terminados em ar: molhar, cortar, relatar, etc.
• Verbos da segunda conjugação: são os verbos terminados em er: receber, conter, poder etc. O verbo anômalo pôr (único com o tema em o), com seus compostos, também é considerado da segunda conjugação devido à sua conjugação já antes realizada (Ex: fizeste, puseste), decorrente de sua antiga forma latina poer.
• Verbos da terceira conjugação: são os verbos terminados em "ir" e " or ": sorrir, fugir, iludir, cair, colorir, etc;no exemplo "or", a maioria dos verbos veem da palavra "Pôr", compor, depor, supor, transpor, antepor, etc.

Quanto à morfologia

• Verbos regulares: Flexionam sempre de acordo com os paradigmas da conjugação a que pertencem. Exemplos: amar, vender, partir, etc.
• Verbos irregulares: Sofrem algumas modificações em relação aos paradigmas da conjugação a que pertencem. Exemplos: resfolegar, caber, medir ("eu resfolgo", "eu caibo", "eu meço", e não "eu resfolego", "eu cabo", "eu medo").
• Verbos anômalos: Verbos que não seguem os paradigmas da conjugação a que pertence, sendo que muitas vezes o radical é diferente em cada conjugação. Exemplos: ir, ser, ter ("eu vou", "ele foi"; "eu sou", "tu és", "ele tinha", "eu tivesse", e não "eu io", "ele iu", "eu sejo", "tu sês", "ele tia", "eu tesse"). O verbo "pôr" pertence à segunda conjugação e é anômalo a começar do próprio infinitivo.
• Verbos defectivos: Verbos que não têm uma ou mais formas conjugadas. Exemplo: precaver - não existe a forma "precavenha".
• Verbos abundantes: Verbos que apresentam mais de uma forma de conjugação. Exemplos: encher - enchido, cheio; fixar - fixado, fixo.

Flexão
Os verbos têm as seguintes categorias de flexão:
• Número: singular e plural.
• Pessoa: primeira (transmissor), segunda (receptor), terceira (mensagem).
• Modo: indicativo,subjuntivo e imperativo, alem das formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio).
• Tempo: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito.
• Voz: ativa, passiva (analítica ou sintética), reflexiva.

8. Preposição

PREPOSIÇÃO

Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo ao primeiro. Isso significa que a preposição é o termo que liga substantivo a substantivo, verbo a substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a substantivo, advérbio a substantivo, etc. Só não pode ligar verbo a verbo: o termo que liga dois verbos (e suas orações) é a conjunção. Junto com as posposições e as raríssimas circumposições, as preposições formam o grupo das adposições.

Exemplo: "Os alunos do colégio assistiram ao filme de Walter Salles comovidos", teremos como elementos da oração os alunos, o colégio, o verbo assistir, o filme, Walter Salles e a qualidade dos alunos comovidos. O restante é preposição. Observe: "do" liga "alunos" a "colégio", "ao" liga "assistiram" a "filme", "de" liga "filme" a "Walter Salles". Portanto são preposições.

O termo que antecede a preposição é denominado regente e o termo que a sucede, regido. Portanto, em "Os alunos do colégio...", teremos: os alunos = elemento regente; o colégio = elemento regido.

As preposições são: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.

9. Conjunções

CONJUNÇÃO

Conjunção é uma das dez classes de palavras definidas pela gramática. As conjunções são palavras invariáveis que servem para conectar orações ou dois termos de mesma função sintática, estabelecendo entre eles uma relação de dependência ou de simples coordenação.

São exemplos de conjunções: portanto, logo, pois, como, mas, e, embora, porque, entretanto, nem, quando, ora, que, porém, todavia, quer, contudo, seja, conforme.

Quando duas ou mais palavras exercem função de conjunção dá-se-lhes o nome de locução conjuntiva. São exemplos de locuções conjuntivas: à medida que, apesar de, afim de que.

As conjunções são classificadas de acordo a relação de dependência sintática dos termos que ligam. Se conectarem orações ou termos pertencentes a um mesmo nível sintático, são ditas conjunções coordenativas .

Quando conectam duas orações que apresentem diferentes níveis sintáticos, ou seja, uma oração é um membro sintático da outra, são chamadas de conjunções subordinativas.

Apesar de ser uma classe de palavras com muitas classificações, são poucas as conjunções propriamente ditas existentes. A maioria delas são na verdade locuções conjuntivas (mais de uma palavra com a função de conjunção) ou palavras de outras classes gramaticais que às vezes exercem a função de conjunção em um período.

As conjunções ditas "essenciais" (isto é, palavras que funcionam somente como conjunção) são as seguintes: e, nem, mas, porém, todavia, contudo, entretanto, ou, porque, porquanto, pois, portanto, se, ora, apesar e como.

10. Interjeição

INTERJEIÇÃO:

As interjeições são palavras invariáveis que exprimem estados emocionais, ou mais abragentemente: sensações e estados de espírito; ou mesmo, servem como auxiliador expressivo para o interlocutor, já que permite a ele a adoção de um comportamento que pode dispensar estruturas linguísticas mais elaboradas.

As interjeições podem ser classificados de acordo com o sentimento que traduzem. Segue alguns exemplos para cada emoção:

  • Alegria: oba!, viva!, oh!, ah!, uhu!, eh! , gol!, que bom!
  • Saudação: oi!, olá!, salve!, adeus!, viva!, alô!
  • Alívio: ufa!, uf!, ah!, ainda bem!, arre!
  • Animação, estímulo: coragem!, avante!, firme!, vamos!, eia!
  • Aprovação, aplauso: bravo!, bis!, viva!, muito bem!
  • Desejo: tomara!, oxalá!, queira deus!, oh!, pudera!
  • Dor: ai! ui!
  • Espanto, surpresa, admiração: ah!, chi!, ih!, oh!, uh!, ué!, puxa!, uau!, caramba!, putz!, gente!, céus!, uai!, horra!, nossa! (francês: oh lala)
  • Impaciência: hum!, hem!, raios!, diabo!, puxa!, pô!
  • Invocação, chamamento, apelo: alô!, olá!, psiu!, socorro!, ei!, eh!
  • Medo,terror: credo!, cruzes! uh!, ui!

Outros exemplos que não representam emoções:

  • Ordem: silêncio! alto! basta! chega! quietos!
  • Derivados do inglês: yes! ok!

Os principais tipos de interjeição são aqueles que exprimem:

  • a) afogentamento: arreda! - fora! - passa! - sai! - roda! - rua! -toca! - xô! - xô pra lá!
  • b) alegria ou admiração: oh!, ah!, olá!, olé!, eta!, eia!
  • c) advertência: alerta!, cuidado!, alto lá!, calma!, olha!, Fogo!
  • d) admiração: puxa!
  • e) alívio: ufa!, arre!, também!
  • f) animação: coragem!, eia!, avante!, upa!, vamos!
  • g) apelo: alô!, olá!, ó!
  • h) aplauso: bis!, bem!, bravo!, viva!, apoiado!, fiufiu!, hup!, hurra!, isso!, muito bem!, parabéns!
  • i) agradecimento: graças a Deus!, obrigado!, obrigada!, agradecido!
  • j) chamamento: Alô!, hei!, olá!, psiu!, pst!, socorro!
  • k) estímulo: ânimo!, adiante!, avante!, eia!, coragem!, firme!, força!, toca!, upa!, vamos!
  • l) desculpa: perdão!
  • m) desejo: oh!, oxalá!, tomara!, pudera!, queira Deus!, quem me dera!,
  • n) despedida: adeus!, até logo!, bai-bai!, tchau!
  • o) dor: ai!, ui!, ai de mim!
  • p) dúvida: hum! Hem!
  • q) cessação: basta!, para!
  • r) invocação: alô!, ô, olá!
  • s) espanto: uai!, hi!, ali!, ué!, ih!, oh!, poxa!, quê!, caramba!, nossa!, opa!, Virgem!, xi!, terremoto!, barrabás!, barbaridade!,
  • t) impaciência: arre!, hum!, puxa!, raios!
  • u) saudação: ave!, olá!, ora viva!, salve!, viva!, adeus!,
  • v) saudade: ah!, oh!
  • w) silêncio: psiu!, silêncio!, caluda!, psiu! (bem demorado), psit!
  • x) suspensão: alto!, alto lá!
  • y) terror: credo!, cruzes!, Jesus!, que medo!, uh!, ui!, fogo!, barbaridade!
  • z) interrogação: hei!…

A compreensão de uma interjeição depende da análise do contexto em que ela aparece. Quando a interjeição é expressa por mais de um vocábulo, recebe o nome de locução interjetiva. Ora bolas!, cruz credo!, puxa vida!, valha-me Deus!, se Deus quiser! Macacos me mordam!

A interjeição é considerada palavra-frase, caracterizando-se como uma estrutura à parte. Não desempenha função sintática.